Um estudo clínico recentemente publicado na revista JAMA, avaliou os efeitos de altas doses de ômega 3 em pacientes com alto risco cardiovascular.
Participaram do estudo 13.078 indivíduos de 675 centros em 22 países, que foram divididos em 2 grupos. Um grupo recebeu óleo de milho e o outro recebeu 4g de ômega 3, ambos em uso de estatinas, avaliados em um período de 5 anos.
O óleo de milho foi escolhido por não apresentar efeitos bioquímicos associados à eventos cardiovasculares.
Os pacientes participaram de visitas periódicas aos 3, 6 e 12 meses após a randomização e, a seguir, a cada 6 meses. Ligações telefônicas eram realizadas trimestralmente.
O desfecho primário foi mortalidade cardiovascular, infarto agudo do miocárdio não fatal, AVC não fatal, revascularização do miocárdio e hospitalização por angina instável.
Como resultado final, não houve diferenças significativas relacionadas ao desfecho primário com o uso de ômega-3 comparado ao óleo de milho.
Alguns estudos observacionais já demonstraram uma relação inversa entre consumo de ômega 3 e incidência de eventos cardiovasculares. Porém, em pacientes com alto risco cardiovascular (população deste estudo) estes resultados não foram encontrados, não sendo apoiado a suplementação de ômega 3, visando a redução de eventos cardiovasculares, nesta população.
Ref: JAMA.2020;324(22):2268-2280. doi:10.1001/jama.2020.22258

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